Introdução
E se alienígenas existissem? E se houvessem varias raças distintas dentro do universo, mais próximas do que você imaginava? E se eles viessem a terra? Há muitas perguntas sem respostas, ou pelo menos, AINDA sem respostas.
Nesta aventura, 4 improváveis amigos unem forças para combater um inimigo comum.
O qual seria o objetivo deste inimigo?
Destruir a terra? Não.
Conquistar nosso planeta? Não.
Se tornar o presidente de algum país desconhecido? Não.
Seu objetivo é mais obscuro do que qualquer clichê apresentado por aí.
Capitulo 1: Uma reunião bombástica
- Spoiler:
- O dia começou bem normal. As cavernas ecoando o som dos trabalhadores e dos soldados treinando. Os alunos estavam indo para a escola para começar mais um dia de exercícios. O som de explosões e propulsores a jato das naves passando e subindo para a superfície. O cheiro de metanzina no ar, fazendo alguns garotos enjoarem.
Mais um dia normal.
Estava caminhando para a entrada da sala de reuniões já que fui convocado para uma reunião semanal. Se eu tivesse sorte seria apenas discussões sobre o treinamento dos garotos novatos e algo sobre o vazamento de metanzina, que já estava começando a irritar. Então, eu poderia voltar e ficar com Daizy.
Ao chegar na sala, fui recebido por Jason, o guarda, ele fez uma reverência e disse:
-- Senhor Tristan... digo, Rip - Corrigiu ele ao ver meu olhar de desaprovação - O senhor está atrasado, todos já chegaram.
-- Ah, sim, eu sei, mas obrigado mesmo assim. - Respondi, tentando ser um pouco educado.
Entrei na sala e sentei em minha cadeira, ignorando os olhares dos presentes. Esperei para que a reunião começasse, enquanto olhava para minha caderneta de tópicos. Estava escrito:
"Tópicos para discussão:
Treinamento dos novatos.
Vazamento de metanzina.
Traição."
Esse último tópico me pegou de surpresa. De repente fiquei animado pela reunião de hoje. Um possível traidor dentro da cidade? Ótimo, agora poderíamos decidir o que fazer, investigar, caçar ou simplesmente esperar para ver seu próximo passo, as 2 primeiras opções me tirariam do tédio.
-- Certo, tenho certeza que já houve tempo para dar uma olhada nas suas cadernetas e se situar. - disse Forg, o líder da nossa cidade e meu pai - Vamos começar com as apresentações de rotina. Meu nome é Forg, codinome Grow, divisão principal de conselho, líder, usuário da energia eárika, base terra.
As pessoas começaram a se apresentar, falando seus nomes, codinome, status, ocupação, e sua energia. Energia é como chamamos nosso poder, ou habilidade. Muitas pessoas tem energias comuns, mas há casos raros de pessoas com energias mais poderosas, e casos ainda mais raros de pessoas com energias únicas, como era meu caso. Enquanto as pessoas se apresentavam, o que eu achava totalmente desnecessário, já que fazíamos isso toda semana e já nos conhecíamos muito bem, fiquei martelando o terceiro tópico da nossa caderneta. Traição..
-- Senhor Rip, poderia levantar-se e se apresentar, se isso não te incomodar, por favor?
Eu estava imerso nos meus pensamentos e esqueci totalmente de me apresentar, então ao ouvir meu pai, me levantei e comecei.
-- Meu nome é Tristan, codinome Rip, divisão 2 de operações especiais, líder, usuário da energia gromikon, base, gravidade.
Depois de mim só faltava o meu irmão para se apresentar. Ele estava com um olhar diferente do normal, com um pequeno sorriso no rosto.
-- Meu nome é Shed, codinome Shared, divisão 6 de operações espaciais, líder, usuário de energia fíglake, base, fogo.
Depois de terminarmos, meu pai começou a reunião.
-- Certo, vamos começar pelo treinamento dos novatos, como vamos pross..
Resolvi me desligar desses temas e esperar até que o ponto alto da reunião chegasse. Traição.
Fiquei pensando sobre o assunto. Quem poderia pensar em trair nossa cidade? Como ele traiu? Como descobrimos? Será que ele está agindo sozinho ou tem aliados? Como vamos agir? A única coisa que eu podia fazer era esperar pela tópico.
Enquanto eu pensava, algo me distraiu. Eu ouvi um som estranho ao longe, como uma explosão, mas não era como os dos propulsores das naves, era diferente, mas forte e ecoava mais. Eu olhei para todos, mas ninguém pareceu reparar, o que era normal, já que eu tinha a audição bem mais aguçada que o normal. Resolvi ignorar, porém depois de um tempo ouvi de novo, mais próxima.
-- Hã, Pai, tem algo de errado lá fora - eu disse.
-- Rip, já conversamos sobre respeito, você deve chamar cada um pelo seu codinome enquanto estiver em locais importantes.
-- Tá, mas é sério, ouvi umas explosões lá fora, deveríamos mandar alguém checar..
-- Caramba Rip, para de ser paranoico, você deve ter ouvido o som de algum propulsor. - Disse meu irmão, Shed.
-- Tão próximo assim? É impossível, sério.
-- Ok, Jason, dê uma olhada na janela.
-- Certo senhor.
Jason foi caminhando até a janela, para levantar a grande grade de proteção. Ao levantar ele ficou um tempo olhando a janela, e nada aconteceu. Então, ele se virou e disse:
-- Não parece ter nada de errado, vou fechar a gra..
.BOOM.
Uma grande explosão aconteceu, destruindo a parede onde estava Jason, que foi jogado a uma grande distancia. Enquanto caíamos das nossas cadeiras com o choque da explosão, ouvi uma risada e ao abrir os olhos, vi algo que não acreditei... Meu irmão havia sacado sua espada e estava a ponto de me perfurar.
Capítulo 2: Invasão
- Spoiler:
- Ele estava com um sorriso triunfante no rosto, e eu entendi, quando ele levantou sua espada para me acertar, que ele era o traidor. O tempo desacelerou. Meu instinto começou a tomar conta do meu corpo, enquanto a espada descia em câmera lenta. Peguei Gravidade, minha fiel espada e única coisa a que eu confiava a minha vida, e a saquei, apertando o botão abaixo da bainha para faze-la se projetar e ficar completa na minha mão. A coloquei rapidamente entre meu corpo e a temida espada do meu irmão, chifres de fogo, uma espada grande que ao chegar ao topo, se dividia em 2 pequenas laminas, com um vão no meio, daí vinha seu nome. A empurrei com toda a minha força, fazendo meu irmão cambalear um pouco para trás, me dando tempo suficiente para me levantar. Apontei minha mão para ele e depois para o chão, o puxando para o solo e o debilitando. Como usuário da energia Gromikon, ou gravidade, eu podia criar pontos em certos lugares que mudava a ação da gravidade naquele lugar, fazendo-o ser puxado com mais força, ou ser empurrado para fora do chão, usando um ponto gravitacional negativo. O contra disso é que eu devia me concentrar, logo, não poderia atacar ou me defender sem soltá-lo da sua prisão.
Fiquei ali o segurando, esperando alguém aparecer para ajudar, mas, ao olhar para os lados, vi que estavam todos caídos, ainda atordoados. Me concentrei para não deixar meu prisioneiro escapasse.
Foi aí que tudo deu errado.
Como eu não podia me desconcentrar, não pude me defender do ataque de um de seus comparsas, direto nas minhas costas. Apenas senti o impacto, me jogando para frente, caindo duro no chão. Fiquei zonzo, minha visão se embaçou, mas eu consegui ver meu irmão se levantando, com um riso no rosto. Olhando para mim, ele disse:
-- Rá, boa tentativa irmão, você quase conseguiu, sério.
-- Por que você fez isso? Por que nos atacar assim? Você é louco? - Eu disse.
-- Infelizmente, eu não posso ficar aqui para contar a história, tenho pressa.
Ele se virou para o buraco na parede e saiu andando, mas, ao chegar a abertura se, se virou para falar comigo por uma última vez.
-- Sabe, Tristan, você teria conseguido, se fosse apenas nós 2, eu admito isso. Mas há uma coisa que me difere de você, sabe qual é?
Imobilizado no chão, não pude fazer nada, então apenas respondi.
-- Não.
-- Imaginei que fosse essa a resposta - Disse ele, se virando novamente para o buraco - Eu, Tristan, tenho amigos, tenho aliados. Eu não desprezo as pessoas que são úteis para mim, como você faz. Você nunca fará nada com essa sua atitude. - Com essa última frase, ele pulou da abertura. Sumiu, para nunca mais ser visto.
Ali estava meu irmão, destruindo a sala de reuniões, atacando os superiores e me dando lição de moral. Eu odiava ele por isso. Mas não havia nada que eu pudesse fazer, não nesse momento. Tentei lutar com o cansaço que o impacto do ataque me dera, porém não consegui resistir. Fechei meus olhos e fiquei esperando alguém aparecer. O tempo passou e nada mudou, ninguém apareceu, ou se quer os que estavam caídos pareceram se levantar. Esperei mais um tempo antes de reunir as energias para abrir os olhos, o ataque do subordinado do meu irmão deve ter tido algum efeito secundário relacionado a minha perda de força.
Ao finalmente abrir meus olhos, vi que não estava mais na sala de reuniões, e sim em um lugar totalmente diferente, mais claro e com pessoas em volta. Ao olhar um pouco em volta, reconheci que estava no Centro de Emergências, com médicos em volta. Tentei me levantar, mas ainda estava muito fraco. Olhei em novamente em volta, esperando que minha visão entrasse em foco novamente para tentar reconhecer alguém. Vi apenas guardas, e uma garota, sentada em uma cadeira ao pé da minha cama, não a reconheci no primeiro momento, mas ao me ver olhar para ela, ela abriu um sorriso.
-- Ah, Tristan, que bom que finalmente acordou, eu estava tão preocupada com você, como, você está?
Eu pudia não reconhecer seu rosto com minha visão embaçada, mas eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar. Daizy, a única pessoa que eu realmente conseguia amar na minha vida. A garota que sempre estava comigo nos momentos difíceis, e que me amava, não por meu status social, mas por que ela realmente gostava de mim. De repente, ela começou a chorar, não entendi bem o motivo, mas tentei faze-la parar.
-- Oi Daizy, eu estou bem, não precisa chorar, minha visão está um pouco embaçada, então não reconheci você, desculpe.
Eu vi que ela não parava de chorar, então estranhei, ela era uma garota muito forte, por isso eu gostava dela, ela não era de chorar por nada, na verdade, nunca a vi chorar. Tentei entender o que se passava na cabeça dela. Eu havia sofrido um ataque "terrorista", lutado com meu irmão, atacado covardemente, e deixado no chão por sei lá quanto tempo. Não era tão ruim, não para o que eu estava acostumado.
-- Ei, Daizy, por que você está chorando? Eu estou bem, já disse, pare de chorar.
Eu já estava começando a me irritar com aquilo, era estranho vê-la chorar sem motivos, eu estava bem, qual era o problema? Mas antes que eu pudesse responder, ela respondeu.
-- Fique quieto, por favor - disse ela enxugando as lágrimas do rosto - Depois que trouxemos você para cá, tivemos que montar uma barricada, os aliados do seu irmão estão te seguiram, estão tentando agora mesmo entrar.
Ao ouvir isso, minha visão, voltou ao normal, todo meu cansaço se fora, me senti energizado. O punho da minha espada nas mãos de Daizy brilhou. Eu sabia que ela estava segurando Gravidade, ela adorava aquela espada. Mas ao ver minha expressão, e o brilho da Gravidade, ela entendeu tudo e fez o seu pior olhar, aquele olhar mal que ninguém quer contrariar.
-- Ah, não, você não vai se levantar dessa cama, prometa para mim, Tristan, você ficará aí deitado, deixe que seu pai e o resto do pessoal cui...
Antes que ela pudesse terminar, o barulho de uma explosão pôde ser ouvido, bem próximo, e eu soube, imediatamente, que eles conseguiram entrar. Olhei para Daizy, e seu olhar ameaçador foi tomado pela raiva, ela se levantou e sacou a Gravidade e ficou na frente da minha cama, foi incrível vê-la usando minha espada, apesar de só eu e ela podermos usar, ela nunca havia tentando antes.
-- O que você está fazendo, me devolva já a Gravidade, - disse rapidamente - você não tem o controle total sobre ela, me devolva e se proteja.
-- Ah, meu amor, vejo que você ainda não confia completamente em mim, - ela falou enquanto abria um sorriso - vou te mostrar como uma garota protege seu amado.
Ela ficou esperando, e esperando, até que um grupo de homens entraram atacando os guardas, muitos foram derrotados, mas não paravam de chegar, hordas e hordas, porém, todas iam caindo aos poucos, os guardas conseguiam segurar com a ajuda de Daizy. Ela lutava muito bem.
Mas daí, aconteceu. Um homem grande entrou, carregando um machado, ele era enorme, devia ter uns 2 metros e meio. Enquanto ele andava pelo salão, os guardas tentaram para-lo, mas ele os derrotou facilmente, um por um, com apenas um golpe do seu machado, partindo-os ao meio. No final, só sobrou Daizy.
-- DAIZY, SAIA DAQUI, ME DÊ A GRAVIDADE E FUJA, POR FAVOR. - eu gritei, com ódio na minha voz.
-- Não se preocupe, eu posso cuidar dele, eu tenho a nossa espada.
Eu sabia que seu sorriso era apenas um disfarce, eu podia ouvir o temor em sua voz, mas ela sabia que ela não iria recuar, então, me levantei rapidamente, mas antes que pudesse chegar até ela, meu corpo travou.
-- Por favor, Tristan, fique aí - disse ela - eu posso cuidar disso.
Eu sabia o que ela estava fazendo. Ela estava usando seu controle para me fazer ficar parado, era esse seu poder. Eu sabia que ela nunca havia usado ele em mim, para me controlar, então, fiquei surpreso.
-- Eu posso cuidar dele - Repetiu ela.